HISTÓRIA DA GUERRA 1

Se há interesse numa história cujo final já é conhecido, resta imaginar o que teria acontecido ao mundo se a frustrada tentativa de assassinato de Adolf Hitler, em 20 de julho de 1944, tivesse dado certo. Se há interesse numa história cujo final já é conhecido, resta imaginar o que teria acontecido ao mundo se a frustrada tentativa de assassinato de Adolf Hitler, em 20 de julho de 1944, tivesse dado certo.

O coronel e conde Claus von Stauffenberg é um desses opositores. Herói de guerra (perdeu um olho, uma das mãos e dois dedos da outra em batalha), de origem aristocrática, há tempos renega os arbítrios do regime nazista.

Além do mais, em 1944, especialmente depois da invasão da Normandia pelos Aliados, em junho, não era necessário ser vidente para perceber que a Alemanha caminhava para uma derrota militar.

Vários militares sabem disso. É o caso não só de Von Stauffenberg, como dos generais Tresckow, Ollbricht e Beck. Alguns já chegaram a advertir prudentemente a cúpula, mas não foram ouvidos.

Esse grupo de oficiais de carreira, que não pertencem à temida SS - administradora dos campos de extermínio -, idealiza, então, um sofisticado plano não só para matar Hitler com uma bomba, como para tomar o controle da máquina de Estado usando seu próprio Exército de Reserva. Esse corpo é formado pelas tropas de prontidão para defender Hitler e Berlim no caso de um ataque dos Aliados.

Pelo plano dos rebeldes, o Exército de Reserva será acionado depois da morte de Hitler, recebendo ordens de desarmar e prender todos os oficiais da SS e os principais lugares-tenentes do ditador, caso de Himmler e Goebbels. Um novo governo provisório seria formado com líderes de confiança, procurando-se um armistício com os Aliados.

O engenhoso plano, como se sabe, vai até o fim. E são particularmente eletrizantes momentos como uma primeira tentativa frustrada de atentado - em que o general Tresckow coloca uma bomba numa garrafa de Cointreau, embarcada no mesmo avião de Hitler e que falha.

Além disso, são pontos altos as cenas que mostram o frenético esforço de Von Stauffenberg de montar um detonador e a própria colocação de nova bomba no bunker hitlerista, de que o coronel mesmo se encarregou.